Cooperativa Agrícola dos Olivicultores da Casa Branca, Sousel-ALENTEJO
A Cooperativa Agrícola dos Olivicultores da Casa Branca foi fundada em Setembro de 1976. Face à situação sócio-económica e à extinção de pequenos lagares, um grupo de pequenos e médios olivicultores de Casa Branca criaram a cooperativa, de forma a poderem transformar as suas produções de azeitona. Assim, foi comprado um lagar de prensas existente na freguesia, com o qual se iniciou a laboração.
Devido ao facto de a Cooperativa ter longos anos de existência, o conhecimento no ramo da olivicultura e produção de azeite é um dos pontos fortes da empresa, já que lhe permite ter um conhecimento sólido deste tipo de mercado.
A inovação tecnológica tem sido também uma preocupação crescente da cooperativa, tendo alargado as suas instalações no âmbito de aumentar a capacidade de produção de azeite.
O azeite biológico do Alentejo é um néctar dourado, fruto de uma tradição milenar e de um compromisso com a natureza. A sua produção, desde o cuidado das oliveiras até à extração do azeite, segue um processo meticuloso que preserva a qualidade e o sabor autêntico deste produto único.
O Alentejo é abençoado com vastos olivais, onde oliveiras centenárias se erguem majestosamente, testemunhas de uma história rica e da paixão pela olivicultura. As oliveiras tradicionais, adaptadas ao clima e solo da região, são cultivadas de forma sustentável, em harmonia com o ecossistema.
A colheita da azeitona é um momento crucial, que exige cuidado e precisão. No Alentejo, a tradição da apanha manual ainda prevalece, garantindo que apenas as azeitonas perfeitas sejam selecionadas. A época da colheita varia entre novembro e janeiro, quando as azeitonas atingem o seu ponto ideal de maturação.
Após a colheita, as azeitonas são transportadas para o lagar, onde a magia da transformação acontece. A produção tradicional de azeite biológico utiliza métodos mecânicos de extração a frio, preservando assim as propriedades organoléticas e o sabor autêntico do azeite.
O azeite extraído é então filtrado para remover impurezas e sedimentos, resultando num líquido límpido e brilhante. A filtração pode ser feita por métodos tradicionais, como a decantação natural, ou por métodos mais modernos, como a filtração em terra diatomácea.
O azeite filtrado é armazenado em tanques de aço inoxidável em local fresco e escuro, preservando assim a sua qualidade e frescura. O engarrafamento é realizado de forma rigorosa, assegurando que o azeite chegue ao consumidor nas melhores condições.
A produção de azeite biológico vai além das práticas tradicionais. Certificada por entidades independentes, garante que o azeite foi produzido sem o uso de pesticidas, herbicidas ou fertilizantes químicos, respeitando o meio ambiente e a biodiversidade.
Cada gota de azeite biológico do Alentejo é uma ode à tradição, à sustentabilidade e ao sabor autêntico. É a expressão da paixão dos produtores e da terra generosa que os acolhe. É a história de um legado milenar que se perpetua no tempo, presente em cada mesa, em cada prato, em cada momento de partilha.
Tendo como principal mercado o mercado nacional, a localização geográfica é um fator por si só muito positivo na laboração da cooperativa, pois estando sediada em pleno Alentejo , permite não só a proximidade com os produtores bem como atua como agente facilitador da distribuição do produto final.
A inovação tecnológica tem sido também uma preocupação crescente da cooperativa, tendo alargado as suas instalações no âmbito de aumentar a capacidade de produção de azeite.
Em 2012 começou a ser construído um novo armazém para o armazenamento em depósitos de inox e embalamento de azeite. Este armazém começou a funcionar em pleno no final do 1.º trimestre de 2013.
Este fator permitiu que a campanha de 2021/2022 histórica na sua produção, já que foram processadas mais de 4 milhões de quilos de azeitonas que deram origem a 664 mil litros de azeite. Afinal, o compromisso com os seus clientes e a garantia de um produto com 100% de qualidade são os critérios mais importantes para a operacionalização de toda a cooperativa.
A concorrência embora seja muita em número (principalmente na zona do Alentejo), acaba por não ser um fator muito preocupante para a cooperativa, pois ao longo do tempo tem-se vindo a comprovar que a fidelização de clientes é uma virtude da cooperativa.
Embora conte com uma equipa de dimensão pequena, a cooperativa tem demonstrado ao longo do tempo, uma forte capacidade de comunicação entre si e os seus produtores e uma boa agilidade e flexibilidade no que toca a mudanças e prova disso, é a sua certificação pelas normas da qualidade.
Devido à área de negócio em si, a cooperativa encontra-se extremamente exposta a alterações normativas e legislativas.